Esportes
De MS, nova auxiliar da Seleção Sub-17 tem como missão revelar talentos
Nascida em Naviraí, Enir Ranzani iniciou no futsal aos 11 anos e com 22 migrou para o futebol de campo
BATANEWS/NYELDER RODRIGUES / CAMPO GRANDE NEWS
Olhar clínico para selecionar as melhores e dar sugestões para a treinadora. Olhar clínico para compreender como cada uma das atletas pode render mais e apontar isso para a comandante do grupo. Olhar aguçado para entender como a equipe pode anular os pontos mais fortes e atacar os pontos fracos dos adversários.
Essa é a nova missão de Enir Ranzani, sul-mato-grossense que compõe a comissão técnica da Seleção Brasileira Sub-17 feminina de futebol. Ela assumiu o cargo no início de ano e desde então trabalha com a formação de novos valores.
'Eu recebi o convite no início do ano, partindo da Simone [Jatobá, treinadora do Sub-17]. Ela comentou que estava precisando de uma auxiliar-técnica e que ela confiava no meu trabalho. Fiquei muito feliz porque servir a Seleção Brasileira é uma honra, ainda mais no futebol feminino, que pratico desde os 11 anos', comenta Enir.
Hoje com 55 anos, a profissional nasceu em Naviraí - cidade do sul do Estado localizada a 366 km de Campo Grande - e lá mesmo iniciou no esporte em competições de futsal. A experiência nos gramados veio mais tarde, aos 22 anos de idade.
Em sua carreira como atleta, jogou em clubes como o Internacional, Coritiba, Athletico e Paraná. Em 1995, foi titular do Saad, um dos primeiros clubes brasileiros a abrir as portas para o futebol feminino - o time do ABC paulista depois ainda migrou para Campo Grande, onde conquistou a primeira edição da Copa do Brasil feminina.
Enir pendurou as chuteiras com 36 anos e desde então passou a trabalhar fora das quatro linhas. Formada em Educação Física, ela focou seu trabalho em pré-adolescentes, aliando a bagagem adquirida como jogadora e a área da educação, algo importante para Simone Jatobá pensar em Enir para dividir a comissão técnica do Brasil.
'Pretendo realizar um trabalho que atenda as expectativas da Simone Jatobá, da CBF e da Seleção para que possamos evoluir cada vez mais essa modalidade', declarou Enir, completando ainda sentir-se gratificada de poder trabalhar com Jatobá.