Saiba como políticos reagiram à decisão de Fachin que anulou condenações de Lula na Lava Jato

G1 / G1


Políticos de diversos partidos reagiram nesta segunda-feira (8) à decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas à Lava Jato. Com a decisão, Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível.

Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula impetrado em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula.

Segundo o ministro, a 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular na ocasião das condenações era o ex-juiz federal Sergio Moro, não era o "juiz natural" dos casos.

Repercussão

Saiba, por ordem alfabética, como políticos reagiram à decisão de Fachin:

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados: "Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!"

Bibo Nunes (PSL-RS), deputado federal: "Revoltante!! Fachin anula condenações de Lula e torna o ex-presidiário elegível para 2022."

Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada e presidente do PT: "Estamos aguardando a análise jurídica da decisão do ministro Fachin, que reconheceu com cinco anos de atraso, que Sergio Moro nunca poderia ter julgado Lula."

Orlando Silva (PCdoB-SP), deputado federal: "Pelas notícias, a decisão do ministro Fachin tem efeito "colateral" de julgar prejudicados os pedidos de suspeição de Moro nos processos contra Lula. Seria, portanto, um mal menor para a República de Curitiba. Moro e comparsas precisar responder pelos crimes praticados."

Paulo Rocha (PT-PA), senador: "As condenações de Lula deveriam ser anuladas não apenas por incompetência da 13ª Vara de Curitiba para julgá-lo, mas pela falta de provas e de ética do juiz do caso. Ainda assim, hoje é um grande dia. Uma reviravolta histórica que faz a gente sonhar com dias melhores."

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado: "Não vou comentar decisão judicial do Supremo Tribunal Federal em caso concreto, cujos elementos jurídicos desconheço."