Loja de cosmético abre as portas e dono justifica Higiene pessoal

Mas o texto do decreto estadual não coloca "higiene pessoal" como atividade permitida

BATANEWS/ANA PAULA CHUVA / CAMPO GRANDE NEWS


Porta da loja aberta na tarde desta segunda-feira. (Foto: Kisiê Ainoã)

As novas restrições impostas pelo decreto do governo estadual fizeram com que a maioria das lojas baixassem as portas e atendessem apenas por delivery ou drive-thru até às 20h. No entanto, em Campo Grande, a loja Ele Ela Cosméticos na Rua 13 de Maio não só abriu as portas, mas também realizou atendimentos presenciais durante o dia todo.

Na denúncia, feita pelo Direto das Ruas, mulher de 34 anos, diz quepassava pelo local, que fica na esquina com a Rua Barão do Rio Branco e apenas uma das portas estava aberta. Ela decidiu entrar e, sem nenhum impedimento ou abordagem, foi até o corredor escolheu uma ampola de queratina e em seguida foi até o caixa onde efetuou o pagamento da compra normalmente.

No local, ao menos três pessoas estavam trabalhando, mas não tinha nenhum cliente além dela. Porém segundo outro leitor, que preferiu não se identificar, durante todo o dia, foram vistos vários clientes entrando e saindo do estabelecimento. O que gerou um questionamento sobre poder ou não abrir as portas.

“Não acho justo. Essa loja passou a maior parte do dia com cliente entrando e saindo. Semana passada também abriu, eu até cheguei a denunciar a fiscalização veio e pediu para fecharem e hoje novamente abriram as portas', disse o leitor que preferiu não se identificar.

A reportagem entrou em contato com a loja, e o proprietário Ronaldo Carvalho Dantas explicou que abriu as portas por se tratar de um comércio de higiene pessoal e, no entendimento dele, poderia funcionar normalmente.

“No decreto do governo fala que comércio de higiene pessoal poderia abrir e no nosso contrato tem a higiene pessoal, então entendi que podemos abrir. Liguei na prefeitura e disseram que por eles tudo bem', afirmou.

No entanto, no texto do decreto estadual, vigente até o dia 4 de abril, não há nenhuma referência à estabelecimentos de higiene pessoal. No texto, estão liberados como essenciais serviços de  higienização, sanitização, lavanderia e dedetização e outras 44 atividades;

Já o comércio em geral não aparece na lista de atividades permitidas e, apesar do decreto não deixar claro, a assessoria do governo garante que as lojas de roupas, acessórios e materiais de construção, por  exemplo, podem manter serviço interno e atender como delivery ou drive-thru.

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