Neymar nem precisa ser o melhor, bastaria jogar sem fricotes como fez contra o Bayern

Contra o Lille, atuação vexaminosa; diante dos bávaros, apresentação decisiva

BATANEWS/FOLHA


Foto: Divulgação

Aos 29 anos, Neymar jamais será confiável.

Porque tanto pode ser expulso por não controlar o temperamento infantil, como fez contra o Lille, quanto é capaz de desequilibrar um jogo como fez diante do Bayern de Munique.

Não foi exuberante como seu talento permite, mas deu dois passes para dois dos três gols do PSG na vitória sobre o Bayern, em Munique, por 3 a 2.

Mbappé, 22, marcou duas vezes e é cada vez mais protagonista, cada vez assume mais o papel de principal jogador do time e ganha espaço para vir a ser o número 1 do mundo.

Neymar, na verdade, nem precisa ser o melhor. Bastaria ser confiável, jogar sem fricotes como fez contra os bávaros.

Mas quem garante que na terça-feira (13) que vem assim será?

Vinicius vem do latim e significa vinho que, segundo se diz, quanto mais velho melhor.

O brasileiro Vinicius Junior tem apenas 20 anos e muito tempo pela frente para melhorar, principalmente nas finalizações, seu ponto fraco que desperta críticas dos madridistas.

Se ainda júnior o atacante calou os críticos ao marcar dois dos três gols da vitória do Real Madrid sobre o Liverpool, por 3 a 1, pelas quartas de final da Champions, imagine quando for sênior.

O gol do 1 a 0, ao matar no peito na corrida e arrematar diante do goleiro Alisson o lançamento de Toni Kroos, é de quem tem muito futuro pela frente.

Kevin vem do irlandês e significa gentil, bondoso, bonito.

O belga Kevin De Bruyne já tem 29 anos e vive o auge de sua carreira, como mostrou novamente na vitória do Manchester City sobre o Borussia Dortmund, por 2 a 1, também pelas quartas da Champions.

Difícil defini-lo apenas como genial meio-campista, tantas vezes aparece na área e faz gols.

O gol do 1 a 0, quando começou a jogada na intermediária, lançou na esquerda e apareceu na pequena área para arrematar é de quem... ainda tem muito futuro pela frente.

De fato, ele é gentil com a bola e joga bonito.

Os casos que envolveram o gremista Renato Portaluppi e o palmeirense Luiz Adriano comprovam quão pífios são os protocolos da Conmebol, da CBF e da FPF para enfrentar a pandemia.

O treinador apareceu no Gre-Nal sem máscara, abraçou seus jogadores vitoriosos e no dia seguinte testou positivo.

Não viajou para Quito, onde outros dois gremistas também apareceram com o vírus e levaram as autoridades equatorianas a, corretamente, impedir que o time saísse do hotel e fosse treinar.

A solução da Conmebol em levar o jogo para Assunção é simplesmente escandalosa, impensável.

Já Luiz Adriano deveria ser detido depois de flagrado espalhando a Covid por aí e submetendo a própria mãe ao risco, depois de estar infectado pela segunda vez.

O pior é que se não tivesse atropelado um pobre cidadão ninguém saberia o tamanho de sua irresponsabilidade.

Não surpreende que o Brasil siga batendo recordes mundiais de morticínio.

O genocida é capaz de condecorar Portaluppi e Adriano.

A ideia da Gaviões de fazer vaquinha para pagar o Itaquerão não só premia a má gestão dos cartolas alvinegros como revela generosidade fora de hora da torcida.

Porque a campanha a ser feita agora deve ser apenas a de dar de comer a quem está com fome e desassistido pelo governo.

É fácil: basta acessar temgentecomfome.com.br e ter certeza de que o dinheiro não irá para bolsos errados.