Na pandemia, 8 em cada 10 evitam bar e restaurante, e faturamento cai 85%

Com restrições e retração da população, bares e restaurantes perderam 85% do faturamento mensal

BATANEWS / CAMPO GRANDE NEWS


Bar e convenência Escobar, no Bairro Universitário (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Oito em cada 10 leitores que responderam enquete dizem que não têm frequentado bares e restaurantes de Campo Grande. Pandemia e falta de dinheiro são alguns dos problemas mais relatados, que resultam numa perda de 85% do faturamento desse tipo de estabelecimento.

Nos comentários do Campo Grande News, muitos dizem que não frequentam esses lugares devido a dificuldades financeiras. Além disso, há quem tenha receio em relação ao coronavírus, como é o caso de Édson Castro, que afirma que só voltará a frequentar 'quando tudo isso passar'.

O leitor Rafael Rocha também diz evitar, por enquanto, sair de casa para visitar bares e restaurantes. 'Não sou louco, por enquanto ainda tenho consciência. Deixa isso para os valentes, eu sou medroso', brinca.

Tanto ele quanto a leitora Ana Lucia, que afirma: 'não [frequento]! Porque esse vírus não está brincando, então vamos nos cuidar e ficar em casa', têm se preocupado com os riscos da pandemia de covid-19, que tem feito média de 50 vítimas por dia em Mato Grosso do Sul, segundo dados do governo estadual.

Por meio de nota, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) diz ver com bons olhos a recente liberação de bares e restaurantes, mas pede por um toque de recolher com início mais tarde da noite. 'Horário das 21h em Campo Grande não é suficiente para movimentar o setor noturno'.

Além de uma retração da população, há um prejuízo muito grande ocasionado pela restrição do horário noturno, massacrando o setor que não conseguirá sobreviver por mais 30 dias nessas condições

Segundo a entidade, o setor teve queda de 85% no faturamento, fazendo com que muitos empresários não consigam 'honrar a folha de pagamento deste mês', além de acumular dívidas e ter dificuldades de acesso ao crédito. 'O delivery não paga a conta, principalmente dos estabelecimentos que têm atendimento presencial, devido aos altos custos de aluguel, energia e equipe', diz o texto.