Economia
‘Cortes no Orçamento não estimulam crescimento da produção no campo’
Para o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, o corte na subvenção econômica vai afetar a competitividade do agronegócio brasileiro
CANAL RURAL/POR CANAL RURAL
O mercado financeiro segue na expectativa da sanção do Orçamento federal para 2021. Os investidores aguardam para ver se o presidente Jair Bolsonaro vai sancionar o texto com ou sem vetos. O prazo para que isso aconteça é até o próximo dia 22. Após parecer preliminar da Consultoria de Orçamento da Câmara indicar a possibilidade da sanção sem vetos, a versão final e oficial do documento fez uma modificação para incluir a expressão “salvo melhor juízo', que significa que a decisão pode não ser suprema.
A Comissão de Agricultura da Câmara vai se reunir para debater o orçamento de 2021 na próxima sexta-feira, 16. No encontro são esperados representantes do Ministério da Agricultura, da Economia e Cidadania. Além da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Para o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, o corte na subvenção econômica vai afetar a competitividade do agronegócio brasileiro. “O Orçamento que foi enviado para o Congresso ainda não considerava o aumento de custo de produção e também de juros projetado para frente. Evidentemente que também não levou em conta o aumento de área projetado que já estava abaixo do necessário”, pontua.
O dirigente ressaltou os números que o setor deve perder segundo a previsão feita pelo governo. Segundo Rosa, o principal impacto vai para o Pronaf, com perdas de R$ 1,350 bilhão, além das operações de custeio, com corte de R$ 250 milhões e os investimentos de R$ 600 milhões.
“Na prática isso significa que estamos sinalizando que não estamos estimulando o crescimento de produção e prejudicando os investimentos que estavam programados seja ele, maquinário, solo, armazém. Isso é ruim e impacta diretamente a competitividade do agronegócio brasileiro', explica o diretor da Aprosoja.