Milho: contrato maio na B3 beira R$ 102; veja notícias desta terça

Exportações do cereal apresentam forte queda em relação ao ano anterior, com baixa oferta e o escoamento da safra de soja atrasada

BATANEWS POR FELIPE LEON, COM AGêNCIAS DE NOTíCIAS


Foto: Ilustrativa

Agenda:

O mercado atacadista apresentou valorização dos preços da carne bovina, de acordo com a Safras & Mercado. O analista da consultoria Fernando Iglesias comenta que as vendas do fim de semana foram bastante satisfatórias e motivaram os ajustes positivos nas cotações. Com isso, o corte traseiro passou de R$ 20,50 o quilo para R$ 20,65.

As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada somaram 38,13 mil toneladas nas duas primeiras semanas de abril. Dessa forma, em dias úteis, o total embarcado chegou a 6,355 mil toneladas, o melhor resultado semanal do ano. Este resultado representou uma alta de 9,29% em relação a abril de 2020.

O contrato para maio chegou muito perto de romper os R$ 102 por saca na B3 durante o pregão regular desta segunda-feira, 12. As cotações do milho no mercado futuro seguem firmes acompanhando o cenário climático no Brasil e a oferta restrita. O vencimento para maio passou de R$ 100,51 para R$ 101,92 e o para julho foi de R$ 95,85 para R$ 97,50 por saca.

Nas duas primeiras semanas de abril, foram exportadas apenas 1,077 mil toneladas de milho, ou seja, somente 179,5 toneladas por dia útil. Dessa forma, o resultado teve um recuo expressivo de 46,38% em relação a abril do ano passado.

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -0,68% em relação ao dia anterior e passou de R$ 174,71 para R$ 173,52 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,75%. Em 12 meses, os preços alcançaram 71,06% de valorização.

Em Chicago, os contratos futuros da soja tiveram queda pelo segundo dia consecutivo com o mercado ainda observando ajustes técnicos após relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O contrato com vencimento para maio, o mais negociado atualmente, desvalorizou 1,5% e passou de US$ 14,03 para US$ 13,82 por bushel.

Após uma queda expressiva na segunda quinzena de março, os preços do café arábica têm se recuperado a partir da segunda semana de abril. O indicador do café arábica do Cepea alcançou o quinto dia consecutivo de alta e tem sido impulsionado majoritariamente pelo dólar. A cotação variou 0,69% em relação ao dia anterior e passou de R$ 725,21 para R$ 730,21 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20,36%.

Em Nova York, as cotações do café arábica seguem tentando buscar forças para voltar ao patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O contrato com vencimento para maio, o mais líquido no momento, teve alta de 0,67% e passou de US$ 1,2725 para US$ 1,281 por libra-peso.

Com o foco do mercado cada vez mais voltado ao Banco Central dos Estados Unidos (Fed), a divulgação da inflação ao consumidor de março prevista para hoje ganha ainda mais importância. Nas últimas semanas, os investidores acompanham as taxas futuras dos juros dos Títulos do Tesouro norte-americano e projetam se a recuperação econômica trará aceleração da inflação.

Dessa forma, o resultado de hoje promete mexer bastante com o mercado de juros. A expectativa é de ligeira aceleração em relação ao registrado em fevereiro. Caso o indicador fique acima do esperado, é muito provável que as taxas futuras de juros fiquem pressionadas positivamente e talvez algum efeito negativo nas bolsas seja observado.

O índice Ibovespa voltou a fechar acima dos 118 mil pontos e renovou a máxima desde fevereiro, apesar do cenário conturbado envolvendo a CPI da Covid-19 no Senado e a falta de acordo em relação ao Orçamento de 2021. Além disso, as bolsas no exterior também não representaram impacto positivo relevante. O Ibovespa subiu 0,97% e foi a 118.811 pontos.

Por outro lado, em virtude do noticiário político ruim, o dólar comercial subiu novamente e superou os R$ 5,70. A cotação da moeda norte-americana fechou em alta de 0,84% e foi a R$ 5,722.

Na agenda de sexta, destaque para as vendas do varejo de fevereiro, que devem ter sido bastante pressionadas pelas medidas de restrição à circulação de pessoas.