Economia
Milho renova recorde e chega a R$ 96 por saca; veja notícias desta quarta
A saca da soja também registra valorização e se aproxima da marca histórica; o boi gordo, por outro lado, registrou recuo nas cotações
BATANEWS POR AGêNCIAS DE NOTíCIAS
Agenda:
A arroba do boi gordo recuou de R$ 321 para R$ 320 em São Paulo, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Segundo o analista Fernando Iglesias, os frigoríficos sinalizaram uma posição mais confortável nas escalas de abate em alguns estados e isso pressionou as cotações. Por outro lado, a entrada da nova rodada de auxílio emergencial pode sustentar a demanda doméstica por carne bovina e, consequentemente, os preços, segundo a consultoria.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 também tiveram um dia de baixas nas cotações. O vencimento para abril passou de R$ 319 para R$ 314,25, o para maio foi de R$ 315,8 para R$ 309,65 e o para outubro, de R$ 331,15 para R$ 326,4 por arroba.
O indicador do milho do Cepea superou os R$ 96 por saca pela primeira vez na história e renovou o recorde histórico. A cotação variou 0,67% em relação ao dia anterior e passou de R$ 95,93 para R$ 96,57 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 22,78%. Em 12 meses, os preços alcançaram 71,86% de alta.
Na B3, os contratos futuros do milho também tiveram valorizações e registraram novas máximas históricas. O vencimento para maio passou de R$ 101,92 para R$ 103,87 e o para julho foi de R$ 97,50 para R$ 99,31 por saca.
A fraqueza do real em relação ao dólar nos últimos dias tem gerado novas altas para os preços da soja no mercado brasileiro. O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) subiu 0,95% em relação ao dia anterior e passou de R$ 173,52 para R$ 175,17 por saca. Dessa forma, se aproxima cada vez mais da máxima histórica atual que é de R$ 179,30.
Em Chicago, após dois dias de quedas, as cotações da soja tiveram uma recuperação parcial. O contrato com vencimento para maio, o mais negociado atualmente, valorizou 0,54% e passou de US$ 13,82 para US$ 13,894 por bushel.
Os contratos futuros do café arábica em Nova York conseguiram retomar o patamar de US$ 1,30 por libra-peso após as quedas da segunda quinzena de março. O contrato com vencimento para julho, o mais líquido no momento, teve alta de 1,5% e passou de US$ 1,30 para US$ 1,3195 por libra-peso.
No Brasil, o dia foi de estabilidade dos preços. O indicador do café arábica do Cepea subiu 0,08% em relação ao dia anterior e passou de R$ 730,21 para R$ 730,81 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 20,46%. Em 12 meses, os preços alcançaram 24,97% de alta.
Na abertura desta quarta-feira, 14, as bolsas europeias e os futuros dos índices norte-americanos operavam em alta com os investidores no aguardo de novo discurso de Jerome Powell, presidente do Banco Central dos Estados Unidos. A expectativa do mercado é que a fala de Powell reforce os últimos discursos sobre política monetária e que ele atualize o cenário relativo à inflação. Ontem, o índice de preços ao consumidor teve resultado acima das projeções.
Os investidores também estarão atentos ao discurso da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde. Na agenda econômica, o destaque é a divulgação da posição semanal dos estoques de petróleo.
O índice Ibovespa voltou a fechar acima da marca de 119 mil pontos após dois meses, seguindo o otimismo observado nas bolsas norte-americanas. O cenário político doméstico segue conturbado com o avanço da CPI da Covid-19 e com a falta de acordo em relação às emendas do Orçamento de 2021. O Ibovespa subiu 0,41% e foi a 119.297 pontos.
O dólar operou durante grande parte do dia em forte queda, mas fechou o pregão apenas com uma leve baixa de 0,08%, cotado a R$ 5,718. As discussões em torno da CPI da Covid-19 podem ter impactado a cotação da moeda norte-americana na parte da tarde. Apesar das medidas de restrição, as vendas do varejo tiveram alta em fevereiro na comparação com janeiro.