Papa, líderes religiosos e cientistas fazem apelo urgente à COP26

Ele falou durante encontro no Vaticano sobre Fé e Ciência

BATANEWS POR AGêNCIA BRASIL*


© Reuters/Yara Nardi/Direitos reservados

O papa Francisco, outros líderes religiosos e cientistas apelaram hoje (4) à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) para agir 'com urgência e oferecer respostas eficazes à crise ecológica sem precedentes'.

O papa proferiu o seu discurso durante encontro organizado no Vaticano sobre o tema 'Fé e ciência: rumo à COP26', que acontecerá em Glasgow (Reino Unido) de 31 de outubro a 12 de novembro.

Cerca de 40 líderes religiosos e uma dezena de cientistas assinaram o documento, que foi apresentado por Francisco ao presidente designado da COP26, Alok Sharma, e ao ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da Itália, Luigi Di Maio.

No documento, eles pedem 'que o mundo chegue a zero emissões líquidas de carbono o mais rápido possível para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 graus acima dos níveis pré-industriais'.

O líder do Vaticano afirmou que 'a humanidade nunca teve tantos meios para alcançar esse objetivo como os que tem hoje' e apelou ao 'respeito mútuo entre fé e ciência para estabelecer um diálogo entre elas, orientando o cuidado da natureza, a defesa dos pobres, a construção de uma rede de respeito e fraternidade'.

Os signatários do documento destacaram que as nações mais ricas, com maiores responsabilidades, devem 'assumir a liderança, intensificando a sua ação climática em casa e apoiando financeiramente os países vulneráveis 'para que se adaptem e lidem com a mudança climática'.

Destacando que o tempo está se esgotando', imploraram à comunidade internacional 'que aja rapidamente, porque as gerações futuras nunca perdoarão se for perdida a oportunidade de proteger' o planeta.

'Herdamos um jardim: não devemos deixar um deserto aos nossos filhos', concluíram.

Após receber o documento, Alok Sharma afirmou que é uma honra 'receber esse apelo conjunto histórico' e que se devem 'ouvir as vozes das pessoas mais afetadas pela mudança climática'.

'Espero que as pessoas de fé continuem a ser parte fundamental desse diálogo, enquanto trabalhamos juntos para fazer avançar a ação climática', acrescentou.

*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal

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