Marquinhos descarta Zeca como vice, mas afirma que consultará ex-governadores

BATANEWS POR O JACARé/EDIVALDO BITENCOURT


Marquinhos Trad diz que não vai compor com o ex-governador Zeca do PT (Foto: Arquivo/Bruno Henrique/Correio do Estado)

Temendo o desgaste do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) descartou ter o ex-governador Zeca do PT como candidato a vice-governador nas eleições de 2022. No entanto, ele afirmou que, caso dispute e ganhe a eleição, vai consultar os antecessores, inclusive o petista, André Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB).

A candidatura de Marquinhos a governador foi lançada pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, durante a filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao partido. Caso se confirme a candidatura, o prefeito vai romper uma aliança com o PSDB no Estado e ser um dos principais adversários do secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel.

A dez meses do pleito, as negociações fervilham nos bastidores. No fim de semana, Zeca afirmou, em entrevista, que abre mão de disputar o Governo pela 4ª vez para ser vice na chapa de Marquinhos.

A declaração causou a fúria dos antipetistas no Estado, que já fizeram juras de jamais votar em Marquinhos caso a aliança se concretize. O dilema do prefeito é saber se a aliança com o PT traz mais ganhos ou perdas. Zeca chegou a ter mais de 40% nas eleições de 2010, quando disputa o Governo pela última vez e ficou em 5º com mais de 294 mil votos.

Inicialmente, com base nas últimas eleições, a conclusão seria que a aliança seria um estrago, contando-se que o PT não elegeu nenhum prefeito no ano passado. No entanto, com o ressurgimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas, a situação pode ser outra.

Marquinhos preferiu não correr o risco. “Respeito o Zeca, Reinaldo e André, mas para compor chapa, ou como vice ou Senado, está totalmente descartado', avisou o prefeito. Com a frase, ele também descartou aliança com Puccinelli, que pode trocar o Governo pela cadeira no Senado.

“Para uma parceria, administrativa, para ajudar a governabilidade de um futuro governo, sempre é bom ouvir aqueles que já estiveram no cargo, como fiz na eleição de prefeito', explicou Marquinhos.

“Compus a chapa com liberdade de escolha e antes de assumir ouvi conselhos do Levi (Dias), Juvêncio (César da Fonseca), Puccinelli, (Alcides) Bernal e (Gilmar) Olarte', disse. “Aproveitei alguns nomes, de vários outros partidos, como por exemplo, Rodrigo Terra, Berenice, José Marcos da Fonseca, para compor um grupo que tinha como objetivo devolver aos campo-grandenses o orgulho da nossa cidade', ressaltou.

Com a decisão, Marquinhos pode manter Zeca do PT e André Puccinelli como candidatos a governador e deixar a decisão do pleito para o segundo turno. Também são pré-candidatos Riedel, a deputada federal Rose Modesto (PSDB) e os ex-vereadores Vinicius Siqueira e Marcelo Bluma.