Uma pinguela de 30 metros é a alternativa usada por moradores da zona rural de Rio Negro, a 153 quilômetros de Campo Grande, desde que as pontes foram destruídas por tromba d'água no início de dezembro.

Além da pinguela, o outro acesso disponível amplia em 41 quilômetros, o trajeto até a zona urbana da cidade. A prefeitura diz que as obras da construção dos acessos de concreto estão previstas para janeiro.

“Tá complicada a coisa para nós', diz o produtor rural Mário Rúbio, morador da zona rural há 38 anos. Segundo ele, cerca de 20 famílias da região, conhecida como Furnas do Acantilado, estão com dificuldade para chegar até a cidade.

As quatro pontes desabaram no dia 2 de dezembro, levadas pela força das águas durante um dos recorrentes temporais deste mês. Mário Rúbio diz que o desvio pela MS-430, além de ampliar em 42 quilômetros o trajeto, tem pelo menos 18 quilômetros sem asfalto. “Quando chove, fica intransitável'.

Segundo o produtor rural, a passagem pela pinguela pode ser feita a pé ou de moto. Para evitar o maior trajeto, muitos deixam o veículo do outro lado, atravessam a ponte improvisada e, do outro lado, pedem táxi, carona ou alguém de Rio Negro vai buscar.

O prefeito de Rio Negro, Cleidimar da Silva Camargo, o Buda do Lair (PSDB), disse ao Campo Grande News que a licitação para construção da ponte de concreto, exatamente onde está a pinguela, já foi finalizada. Porém, a ordem de serviço somente será dada em janeiro, por conta do cronograma da empresa que venceu o certame.

Esta obra está orçada em R$ 1 milhão. Outra ponte, também de concreto, está prevista para ser construída, esta, com recursos do governo do Estado. Segundo prefeito, mais duas travessias ainda serão construídas em 2022, mas que está no aguardo de convênio com o Executivo estadual.

Camargo ainda disse que a prefeitura está reformando ponte de madeira dentro de área particular e que o proprietário liberou a passagem para facilitar o trajeto dos moradores da zona rural. O prefeito explicou que por conta das chuvas incessantes, os trabalhos de reforma acabam sendo prejudicados.

Silvia Frias / Campo Grande News