Campo Grande fecha 2021 com quinta maior alta no preço da cesta básica entre capitais, aponta Dieese

Alta foi de 11,26% no acumulado de ano. Em novembro, incremento foi de 0,59%.

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A banana foi o item que registrou o maior incremente de preços no mês de dezembro na capital sul-mato-grossense, 8,62%. O preço médio do quilo da fruta chegou a R$ 9,21. — Foto: Getty Images/BBC

O preço da cesta básica subiu 11,26% em Campo Grande em 2021. Terminou dezembro em R$ 641,37. O aumento foi o quinto maior entre as 17 capitais em que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apura a variação dos 13 itens que a compõem.

Entre cinco capitais com maiores aumentos também estão: Curitiba (16,30%), Natal (15,42%), Recife (13,42%) e Florianópolis (12,02%). Em contrapartida, as menores taxas acumuladas foram as de Brasília (5,03%), Aracaju (5,49%) e Goiânia (5,93%).

O Dieese avaliou que em todo o país os preços dos alimentos básicos, principalmente os que são commodities, seguiram em alta em 2021 por conta da demanda externa aquecida, do dólar em patamar atraente para as exportações e dos custos de produção elevados e de problemas climáticos, como secas e geadas.

Entretanto, apontou que alguns itens sofreram retração de preço porque foram afetados pela economia, ainda em processo de recuperação, o que afetou o consumo e também porque muitos produtores não conseguiram repassar os aumentos do custo de produção para o preço final.

Dados de dezembro

Em dezembro, a cesta básica aumentou 0,59% em Campo Grande. Para adquirir esse grupo de produtos, o trabalhador que recebe um salário mínimo precisou comprometer 63,03% de sua renda e dedicar 128 horas e 16 minutos de sua jornada.

A banana foi o item que registrou o maior incremente de preços no mês na capital sul-mato-grossense, 8,62%. O preço médio do quilo da fruta chegou a R$ 9,21. Também subiram de valor o café em pó (7,88%), açúcar (3,66%), arroz agulhinha (2,10%), óleo de soja (0,86%), manteiga (0,61%) e carne bovina (0,53%).

Um único produto teve estabilidade de preço, a farinha de trigo, e outros cinco retração: batata (-24,94%), tomate (-6,12%), feijão (-2,76%), leite de caixinha (-2,14%) e pãozinho francês (-1,85%).

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