Além do crescimento do desemprego no Brasil causado pela pandemia, as pessoas que buscam um trabalho, segundo o IBGE, tem que se preocupar com mais um problema: os anúncios falsos e golpes por meio de vagas.

Em uma pesquisa produzida pela Heach Recursos Humanos entre os dias 20 de outubro e 1° de novembro, com 800 candidatos, 604 reportaram já terem sido enganados por vagas falsas, cerca de 75,5% dos entrevistados; 112 relataram que nunca foram vítimas, equivalente a 14%,do total; enquanto 84 relatam não saber se lidaram com os anúncios falsos, ou seja, 10,5%.

Já em relação à quantidade de vezes que acabaram sendo enganados por esses anúncios, 401 candidatos foram vítimas três vezes ou mais, o que representa 66.39%, 138 foram duas vezes, totalizando uma proporção de 22,85% e apenas 65 candidatos relatam terem sido vítima apenas uma vez, o que representa 10,76%.

Outra informação importante detectada pela pesquisa é a alta frequências no qual os golpes estão acontecendo. Segundo o levantamento, 416 candidatos responderam a anúncios falsos nos últimos 12 meses, o que representa 68,87% dos entrevistados. Se considerarmos os últimos 18 meses aumenta para 503 candidatos, ou seja, 83,28 % foram abordados por pelo menos uma vaga falsa durante o período de pandemia.

Elcio Paulo Teixeira, CEO da Heach Recursos Humanos, afirma que a pesquisa é importante para mostrar esses dados. "Vemos uma forte tendência de crescimento de golpes, sobretudo com o uso mais frequente da tecnologia na divulgação de vagas e captação de candidatos, mas sobretudo pelos danos causados pela pandemia que cria um ambiente mais propício para que golpistas se aproveitem das pessoas mais vulneráveis e que por necessidade e muitas vezes desespero, acabam se tornando vítimas de verdadeiras quadrilhas do emprego falso."

Tipos de golpe
A pesquisa revelou quatro tipos principais de golpe: 496 relataram sobre informações falsas de remuneração e as rotinas de trabalho, 128 informaram que pediram dinheiro para ele poder se cadastrar na vaga, 155 foram solicitados a frequentar um curso ou formação antes de conseguir o emprego, e 346 relataram que os supostos empregadores pediram dados pessoais, como CPF ou dados bancários.

Muitas dessas vagas estão publicadas em sites confiáveis, o que acaba as dando maior credibilidade, permitindo assim que muitos candidatos caiam no golpe e tenham seus dados pessoais roubados,

Nos últimos dias alguns caloteiros chegam a andar tranquilamente pelos comércios das cidades dizendo serem representantes de uma certa empresa, e começam a convencer pessoas que devem procurar os serviços que oferecem vagas nos municípios para confirmarem a veracidade das vagas.

Como são espertos, eles chegam a pedir que as prefeituras publiquem em seus meios de comunicação o oferecimento de vagas. Algumas prefeituras mesmo averiguando todas as documentações das empresas, sua legalidade jurídica e fiscal, tem caído neste tipo de golpe.

Outras chegam até cadastrar as vagas, mas depois fazem contato com a central das empresas, e descobrem que, na verdade, tem por trás disso tudo, “um golpista” usando o nome da empresa para fazer esse cadastro de vagas.

O que eles ganham com isso? A bem da verdade eles querem vender vagas que não existem, falam para as pessoas interessadas que elas devem fazer um curso específico para atuarem naquela área oferecida, e que eles mesmos oferecem a capacitação a um valor “X”, e assim o interessado será contratado após o término do referido curso.

Alerta: Muito cuidado com esse tipo de espertalhões, não caia nessa promessa falsa de emprego.

Nos do site Bata News, parabenizamos algumas prefeituras da região, que não acreditaram nessas promessas e foram buscar a veracidade das vagas, e logo após descobriram o golpe, livrando seus munícipes de cair nessa enganosa e maldosa atitude de pessoas covardes e sem respeito pelo ser humano.