Política
Câmara vai 'apurar com rigor' agressões de vereador à mulheres em Fátima do Sul
Câmara de Vereadores emitiu nota sobre o caso e promete levar o caso até a Corregedoria Parlamentar e repudia as agressões contra as mulheres
BATANEWS/TOPMIDIANEWS
A Câmara Municipal de Fátima do Sul deve apurar os fatos envolvendo o vereador Diego Cândido Batista, preso por agredir sua esposa e a enteada, 12 anos, no último domingo (23).
Em nota divulgada na manhã desta terça-feira (25), a casa de leis da cidade interiorana explicou que pediu cópias do registro policial e que 'eventuais faltas éticas serão apuradas com rigor pela Corregedoria Parlamentar'.
No mais, a Câmara ainda repudiou qualquer ato de violência física e moral contra as mulheres, se solidarizando com todas as vítimas.
Segundo noticiado ontem pela reportagem, a esposa disse que apanhou com chineladas na cabeça.
Conforme boletim de ocorrência, a esposa, que não terá o nome divulgado, disse ser casada há cerca de três anos com Diego e tem dois filhos em comum com ele.
No dia dos fatos, a esposa conta que a família foi passar o domingo na casa de parentes dela, em Dourados. Ela conta que o esposo bebeu o dia inteiro. Ao voltar para Fátima do Sul, o vereador, que estava com um bebê no colo, deixou a criança cair no chão de casa.
Ainda segundo o relato, a esposa pediu para que a filha adolescente, pegasse a criança e levasse para o quarto, a fim de acalmá-lo. O parlamentar não teria gostado e pegou o filho das mãos da garota.
A vítima lembra que tentou pegar o bebê de volta e ordenou que Diego fosse para o quarto da frente, pois estava embriagado. O homem passou a xingar e ameaçar esposa, quando a adolescente entrou no meio. Foi nesse momento que ele pegou uma chinela e partiu em direção à enteada. A mãe pegou um violão de brinquedo para se defender, mas ele tomou o objeto das mãos dela e deu chinelada no rosto dela e no ombro da adolescente.
A mãe correu para um quarto, onde acionou a Polícia Militar. Na delegacia, diz o boletim, o suspeito passou pela esposa e disse: ''se você continuar com isso, vai ser pior pra você''.
À Polícia Civil, a mulher pediu medidas protetivas contra o suspeito. O homem preferiu ficar em silêncio.