Guarda Municipal processa secretário de Segurança e pede R$ 100 mil por perseguição

Agente teve arma e carteira funcional recolhidas pela corporação

BATANEWS/TOPMIDIANEWS


Guarda alega perseguição e processa secretário

O guarda civil metropolitano Cleber Pinheiro Rodrigues, 33 anos, processou o secretário Especial de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, em Campo Grande. O agente alega perseguição e pede R$ 100 mil de indenização. 

Conforme o pedido da defesa, Cleber trabalhava como motoboy, nas horas vagas, e foi abordado em blitz do Batalhão Choque. À época, o guarda foi acusado de furar o toque de recolher da covid-19, mesmo a lei abrindo exceção para entregadores em motos. 

Ainda conforme o advogado de Cleber, na hora da abordagem do Choque, uma viatura da Guarda passava pelo local e ficou ciente da ocorrência. Foi feito um registro de ocorrência e o caso levado para o departamento competente da GCM (Guarda Civil Metropolitana). 

Porém, diz a defesa do guarda, a partir daí, o servidor passou a sofrer perseguição, diretamente do secretário Azambuja, que determinou o recolhimento da arma do agente e a retenção da carteira funciona, além da abertura de um processo administrativo. 

Cleber entrou na Justiça e conseguiu uma liminar que lhe devolveu a carteira funcional e a arma. No entanto, Azambuja publicou nova resolução, abrindo novo processo administrativo e, novamente, lhe tomando os equipamentos. Dessa vez ele foi afastado das funções. 

O advogado do guarda novamente foi à Justiça e conseguiu que a arma fosse devolvida ao cliente. Outro problema é que, antes de ser afastado, o guarda metropolitano iria tirar férias com a família em Maceió e teve de interromper o descanso para ficar à disposição da comissão que o investigava. 

A defesa alega também que Cleber teve prejuízos a sua imagem, ficando lhe a pecha de servidor problemático na corporação, além dos gastos com advogados.   

No pedido à Justiça, o advogado ainda alega falhas, tentativa de fraude no processo administrativo contra o cliente, além de cerceamento do direito à defesa. 

Entramos em contato com a Sesdes no dia 3 de fevereiro e até agora não tivemos resposta. 

O caso corre na 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande.