Política
Bolsonaro lamenta morte de Cabo da PM em operação no Rio: ‘Me emocionei’
Presidente mostrou foto do policial militar Bruno de Paula Costa e enviou condolências aos familiares; ação no Complexo do Alemão deixou ao menos 18 mortos
BATANEWS/JOVEM PAN
O presidente Jair Bolsonaro comentou, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta quinta-feira, 21, a respeito da morte do Cabo Bruno de Paula Costa durante operação conjunta da Polícia Militar e Polícia Civil no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. O chefe do Executivo iniciou a live semanal mostrando uma foto do agente de segurança e lamentou a situação. “Fato lamentável no Rio de Janeiro. O Cabo Bruno de Paula Costa tinha 38 anos, deixa uma viúva e dois filhos portadores do espectro autista. Quando vi me emocionei, porque meu colega paraquedista, deve ter feito o curso enquanto serviu em alguma brigada paraquedista, mencionou o presidente, enviando os “sentimentos” à família.
Em seguida, Bolsonaro citou indiretamente a decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabeleceu condições para que a polícia possa fazer operações nas favelas do Rio de Janeiro. “Fica com dificuldades de combater esses marginais. É como filmes de cowboy do passado, onde tinha um crime nos Estados Unidos e ele fugia, quando chegava no México, a patrulha americana não podia entrar naquele Estado e ele [criminoso] estava em paz”, afirmou o presidente. “Que Deus acolha o de Paula na sua infinita bondade”, completou. Bruno de Paula Costa estava trabalhando na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade de Nova Brasília no momento da operação. De acordo com as autoridades, o local foi atacado por criminosos como forma de retaliação.
A operação no Complexo do Alemão aconteceu na manhã desta quinta e contou com cerca de 400 agentes de segurança Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio de quatro aeronaves, dez veículos. Setores de inteligência da polícia apontam que os criminosos na região praticam uma série de roubos de veículos e de instituições bancárias nos bairros do Grande Méier, Irajá e Pavuna, além de orquestrar invasões a outras comunidades. Segundo a Polícia Militar, além do Cabo Bruno de Paula Costa, outras 16 pessoas foram mortas.