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Programa garante qualidade fisiológica, genética e sanitária de sementes
A partir desse procedimento, um selo de certificação é atribuído ao produto para facilitar a identificação
CANAL RURAL
O Programa Semente Legal é desenvolvido pela Ceptis Agro — uma empresa de tecnologia — em parceria com a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), a Associação dos Produtores de Sementes do Estado de Mato Grosso do Sul (Aprossul) e o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe).
O projeto tem o objetivo de combater a comercialização ilegal e a pirataria de sementes no país, diferenciando as fabricantes que conduzem seus negócios alinhadas com a lei e boas práticas de produção das que não seguem as regras estipuladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A partir desse procedimento, um selo de certificação é atribuído ao produto para facilitar a identificação da semente na hora de semear a safra. Segundo o coordenador do programa, Tiago Pilon, a regulação é feita de ponta a ponta.
“Ter a certeza de que está levando um produto totalmente legalizado” — Tiago Pilon
“Desde a originação, até a comercialização destes produtos, todas as empresas possuem as mesmas regras estabelecidas no protocolo Semente Legal, mas cada uma se diferencia de acordo com a sua capacidade tecnológica e diferenciais competitivos, mas todas jogando dentro da mesma regra”, comenta Pilon.
“Para quem for consumir sementes desses produtores, vai, sim, ter a certeza de que está levando um produto totalmente legalizado, de acordo com o que determina o Ministério da Agricultura”, prossegue o coordenador do Programa Semente Legal. “Pode-se competir pelo true score de cada uma e usar isso como argumento de decisão de compra”, complementa o executivo.
Foto: Sebastião José de Araújo/Embrapa
Em janeiro, o Paraná recebeu o primeiro selo de semente legal para a cultura do feijão, o que ocorreu por meio da certificação de uma sementeira Para a empresa agora credenciada, a certificação representa mais competitividade nos negócios.
“É preciso que alguém me ajude a validar isso” — Airton Cittolin
“Não basta eu saber que a minha semente foi produzida dentro das normas, é preciso que alguém me ajude a validar isso”, diz o produtor de sementes Airton Cittolin. “Nesse sentido que a Ceptis está me auxiliando, quem sabe outras empresas também entrem? Porque, além do Mapa, que fiscaliza a gente, eles têm um know-how muito afora de qualidade, então vem somar uma credibilidade bem maior no nosso trabalho.”
Foto: Divulgação
A certificação ocorre com a rastreabilidade da semente, que ocorre em três etapas:
1 — Mapeamento dos insumos e das matérias-primas;
2 — Auditorias e rotinas de verificação externa por amostragem;
3 — Por fim, o processo de validação passa pela revenda e pela coleta de amostras nas propriedades que são enviadas para análises laboratoriais.
Para a Aprossul, o uso de sementes ilegais pode causar baixa produtividade, material genético misturado com plantas nocivas e proibidas. Além disso, segundo a entidade, há o risco de disseminação descontrolada de pragas e doenças.
“Não se paga mais caro por esse produto seguro” — Celso Pess Júnior
“Tem mercadorias que são seguras para ele comprar e tem empresas que estão preocupadas com a baixa qualidade, fazendo algo diferente disso para levar para o mercado. E por que ele compra isso? Por causa do preço, que é mais barato, também não é, é falta de conhecimento dele. Porque não se paga mais caro por esse produto seguro”, observa Celso Pess Júnior, presidente da Aprossul.
Interessados em fazer parte do Programa Semente Legal devem entrar em contato pelo e-mail [email protected]
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