Simone Tebet é confirmada candidata à Presidência pelo MDB

Definição ocorre em meio a uma divisão interna na legenda, com uma ala que defende que o partido apoie a campanha de Lula

BATANEWS/R7 / BRASíLIA


Senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata à Presidência da República - MDB

O MDB aprovou nesta quarta-feira (27), em convenção partidária, a senadora Simone Tebet como candidata à Presidência da República. A definição ocorre em meio a uma divisão interna do partido, com uma ala que afirma que a candidatura de Tebet não é competitiva e defende que o partido apoie o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lideranças do MDB em 11 estados chegaram a anunciar publicamente o apoio a Lula. Um dos emedebistas que encabeçam esta ala contrária a Tebet é o senador Renan Calheiros (AL).

O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) ressaltou durante a convenção a importância de uma candidatura que represente 'pacificação com vários setores sociais'. 'Tenho convicção absoluta de que mesmo aqueles que radicalizam posições de alguma maneira se sentem confortáveis quando verificam uma candidatura que prega a tranquilização não só institucional, mas a harmonia entre todos os brasileiros', afirmou.

No passado, o MDB e o PT estiveram juntos, com Michel Temer (MDB) na vice de Dilma Rousseff (PT). Tebet tem aparecido em quarto lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Lula, do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Ciro Gomes (PDT).

Na última terça-feira (26), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, negou um pedido de uma ala do MDB, liderada por Calheiros, para anular o ato convocatório de convenção nacional do partido. O pedido em questão foi feito na segunda-feira (25) por Hugo Wanderley Caju, filiado ao MDB em Alagoas e delegado do partido no estado, que é presidido por Calheiros.

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No documento, Caju fala sobre irregularidades no edital de convocação. De acordo com ele, como o evento será feito por meio da plataforma digital Zoom, não será possível garantir que o sigilo do voto dos delegados será respeitado. Fachin, entretanto, apontou que não existe prova de que o sigilo do voto não será mantido.