Abates avançam com exportação aquecida, aponta Imea

BATANEWS/REDAçãO


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Em jul.22, as exportações mato-grossenses de carne bovina alcançaram o segundo maior volume de 2022, com 46,51 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) embarcadas. Esse ritmo continua sendo pautado pelas elevadas compras chinesas, que seguiram acima do patamar de 30,00 mil TEC no respectivo mês.

Outro ponto importante de salientar: a maior participação das importações do Reino Unido, mercado que se ampliou desde o Brexit (saída do Reino Unido do Bloco Econômico da União Europeia).

Para se ter ideia, a partir desse momento as compras da carne mato-grossense se elevaram em 439,55% no comparativo de 2021 ante a 2020 – fatores como as mudanças nas taxas para produtos agrícolas influenciaram neste movimento. Já em 2022, apesar da leve queda de 0,83% no comparativo dos sete primeiros meses do ano, ante 2021, já se acumulam 1,83 mil TEC embarcadas.

Em jul.22, o abate total de bovinos foi 3,74% superior ao registrado em jun.22 e totalizou 462,17 mil cabeças de animais. Esse cenário foi influenciado pela maior oferta dos machos, que registrou incremento de 10,64% no mesmo comparativo, resultando em 275,02 mil cabeças.

Em contrapartida, a oferta de fêmeas recuou 4,98% ante a jun.22. Apesar da conjuntura atual de período de entressafra, ainda foram observados lotes de animais terminados a pasto sendo ofertados.

Outro ponto de atenção se volta para a demanda externa aquecida, que impulsionou a oferta de bovinos mais jovens e semiconfinados, como é o caso dos machos de 4 a 12 meses, com aumento de mais de 600,00% em sua oferta, seguidos dos animais entre 12 e 24 meses e entre 24 e 36 meses, que registraram incremento de 9,77% e 13,56%, respectivamente, no mesmo comparativo.

A oferta de bovinos seguiu mais aquecida na última semana e, com isso, o indicador da arroba do boi gordo registrou queda de 0,45% ante a semana passada.

No mesmo cenário dos machos, as fêmeas também seguiram com queda nas cotações e a arroba ficou na média de R$ 264,08.

Diante desse incremento nos envios de animais terminados ao abate, as escalas se alongaram em 13,48% e ficaram na média de 8,84 dias.

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