PF pede para Moraes prorrogar inquéritos que viraram uma dor de cabeça para Bolsonaro

Nos últimos anos, o ministro do STF autorizou diversas solicitações de extensão do prazo

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Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: Antonio Augusto/TSE

A Polícia Federal solicitou nesta segunda-feira 10 ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes mais tempo para concluir os inquéritos das fake news e das milícias digitais. Cabe ao magistrado, relator das investigações, acolher ou não o pedido.

O inquérito das milícias digitais, instaurado em 2021 e prorrogado diversas vezes desde então, mira “a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político (…), com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito'.

Entre os principais desdobramentos estão investigações que atingem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a exemplo do esquema de desvio de joias do Estado, a falsificação de cartões de vacinação e trocas de mensagens de teor golpista.

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também foi homologada no âmbito desse inquérito. No celular do militar, a Polícia Federal encontrou uma espécie de “passo a passo' para um golpe de Estado.

Já o inquérito das fake news, aberto em 2019,  tinha o objetivo de investigar notícias fraudulentas, denunciações caluniosas e ameaças contra a Corte, seus ministros e familiares. Desde aquele ano, a apuração se converteu em uma constante dor de cabeça para Bolsonaro e muitos de seus aliados.

Em agosto de 2021, Moraes incluiu formalmente o então presidente da República no inquérito.