Lula diz estar pronto para buscar a reeleição, mas espera não ser necessário

Em entrevista a emissora norte-americana, o presidente defendeu ‘uma grande renovação política no País’

BATANEWS/CARTACAPITAL


Brasília (DF), 25/10/2024 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de cerimônia de assinatura do novo acordo de repactuação da reparação dos danos da tragédia de Mariana (MG). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) afirmou estar pronto para concorrer à reeleição em 2026, mas disse esperar que isso não seja necessário. A declaração foi proferida em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da emissora norte-americana CNN, publicada nesta sexta-feira 8.

Lula enfatizou ter o compromisso de chegar ao ano da eleição com uma economia equilibrada e com baixo desemprego. Segundo ele, pensar no pleito presidencial será uma tarefa para 2026, a partir de uma discussão “sóbria” com as legendas que apoiam seu governo.

“Se chegar na hora e os partidos resolverem que não têm nenhum outro candidato para enfrentar uma pessoa da extrema-direita, negacionista, que não acredita na ciência, obviamente estarei pronto para enfrentar“, afirmou. “Mas espero que não seja necessário.”

O petista disse torcer para que seu campo político “tenha outros candidatos e possa fazer uma grande renovação política no País e no mundo”.

Até o momento, nenhum outro candidato minimamente competitivo no campo progressista se apresentou para a próxima eleição presidencial. Na quinta-feira 7, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) disse que reeleger Lula “é o caminho para impor uma derrota à extrema-direita'.

“Quem pode nos livrar da extrema-direita, seja ela a extrema-direita raiz e virulenta ou a extrema-direita que come de garfo e faca mas é violenta igual, é o presidente Lula, e temos de estar de fileiras cerradas”, afirmou o psolista em um evento na capital paulista.

Enquanto isso, a ultradireita vive um dilema, uma vez que Jair Bolsonaro (PL), apesar de estar inelegível, diz reiteradamente ser candidato à Presidência. O ex-capitão tenta, assim, evitar que aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comecem a articular uma candidatura. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), por sua vez, já se lançou à disputa pelo Palácio do Planalto.