Durou pouco. De novo. Após menos de quatro meses de sua contratação, Pedro Caixinha não resistiu ao mau início de Campeonato Brasileiro e foi demitido nesta segunda-feira pelo Santos. O treinador português foi anunciado na Vila Belmiro no último 23 de dezembro e, após 112 dias, não está mais no comando do time alvinegro.

Nos últimos anos, o Santos tem sido uma "máquina de moer técnicos". Como comparação, desde que Abel Ferreira foi anunciado pelo Palmeiras, em 3 de novembro de 2020, o Peixe teve 12 mudanças de treinador, sem contar os interinos.

A passagem mais longa foi a de Fábio Carille, em 2024. Ficou 335 dias para ser vaiado pela torcida na Vila Belmiro ao receber o troféu de campeão da Série B após levar o Santos de volta à elite nacional. Saudades?

Já a mais curta pertence a Diego Aguire, pouco mais de um mês entre agosto e setembro de 2023. O tempo médio de permanência de um técnico na Vila Belmiro desde Cuca, contratado em agosto de 2020, é de 128 dias.

Corinthians

Outro gigante de São Paulo que tem trocado bastante de treinador é o Corinthians. Desde 2020, Ramón Díaz já é quem mais tempo permaneceu, há 277 dias no comando do Timão.

São nove técnicos diferentes no Alvinegro desde a chegada de Vagner Mancini em 2020, e o tempo médio de permanência deles é de 176 dias. A passagem mais curta foi a de Cuca, em 2023, com seis dias.

São Paulo

O São Paulo é o segundo gigante do estado que menos trocou nesse período. Luis Zubeldía, que pode completar um ano de Morumbis em oito dias (se chegar até lá), é o sexto técnico no Tricolor desde que Fernando Diniz foi contratado em 2019.

Além de Diniz, o outro treinador que ficou mais de ano no clube foi Rogério Ceni, com 553 dias, sendo o dono da passagem mais longa desde 2020. O trabalho mais curto, o único com menos de 200 dias, foi o de Thiago Carpini, demitido após 98 dias de seu anúncio.

Os gráficos abaixo apresentam visualmente a comparação entre os períodos de cada treinador à frente dos quatro principais clubes de São Paulo.

*Gato Mestre é formado pelos jornalistas Arthur Sandes, Davi Barros, Guilherme Giavone, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Ingrid Fernandes (estagiária), Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira e Valmir Storti e pelos cientistas de dados Paulo Pestana e Vitor Patalano.