CoronaVac está sendo aplicada com 21 dias de intervalo e vacina de Oxford, com 3 meses, no país; tempo de espera gera ansiedade


O intervalo de 21 dias para tomar a segunda dose da CoronaVac e de 3 meses para tomar a segunda dose da vacina de Oxford tem gerado ansiedade em alguns idosos. É recomendável adiantar a segunda dose? A CoronaVac demonstrou que funciona com a segunda dose administrada entre 2 e 4 semanas após a primeira, de acordo com os estudos clínicos. "Se der a vacina com outro intervalo, como 6, 8 ou 10 semanas, ninguém sabe o que vai acontecer. Se der antes, também não se tem dados. Por isso é importante seguir a recomendação de se respeitar o intervalo estipulado por onde a vacina foi estudada", afirma o infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. O intervalo de três semanas aplicado no Brasil levou em conta a questão operacional; se atrasar ou adiantar um pouco, não faz mal, ressalta o médico. A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, ressalta que estudos mostraram que o intervalo de quatro semanas induz melhor resposta imunológica. "Então, a vacina pode ser feita nesse intervalo de 2 a 4 semanas, mas, na minha ótica, em termos de resposta, quatro semanas é melhor", afirma

Marcelo Camargo/Agência Brasil