De volta ao muro, Ayache diz que analisa convite de Marquinhos e “outros candidatos'

BATANEWS/O JACARé/EDIVALDO BITENCOURT


Presidente da Cassems analisa convite de Riedel, mas também cogita não ser candidato a nada nas eleições deste ano (Foto: Divulgação)

O presidente regional do PSB e da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), Ricardo Ayache, confirmou que recebeu o convite para ser candidato a vice-governador na chapa de Marquinhos Trad (PSD). No entanto, ele ainda não aceitou. Além disso, o socialista também analisa convite “de outros candidatos'.

Um dos convites considerados pelo médico é do candidato do PSDB, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel. Os tucanos também estariam sonhando em ter o dirigente da Cassems como adjunto na disputa do Governo do Estado nas eleições deste ano.

Na manhã desta sexta-feira, em entrevista na Rádio Difusora, Marquinhos anunciou que tinha feito o convite para Ricardo Ayache ser o pré-candidato a vice-governador. O socialista teria autorizado o prefeito a dar publicidade para o convite.

Em seguida, o prefeito da Capital fez rasgados elogios ao presidente regional do PSB. Ele o qualificou como “correto', “ficha limpa', “com representatividade' e “extremo preparo moral, técnico e político'.

“Recebi, sim, o convite do prefeito Marquinhos Trad, pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, o que me honra muito, assim como o de outros pré-candidatos, reflexo da necessidade de buscarmos soluções para a saúde pública, que é um enorme anseio da população', ressaltou o socialista, sem dar mais detalhes de quem seriam os convites.

“Nesse momento de definições e alinhamentos políticos é natural que surjam convites aos que se colocam à disposição do debate e da construção de um projeto de sociedade, que é o que sempre fiz. Na condição de presidente do PSB/MS e com a autorização da Executiva Estadual e Nacional, tenho sido o interlocutor no diálogo com todas as forças e lideranças políticas, buscando a construção de uma aliança que contribua efetivamente com a garantia de mais conquistas e avanços para o nosso Estado, para o nosso povo', afirmou.

“No entanto, reitero que qualquer definição quanto a minha participação no pleito eleitoral deste ano passa por definições partidárias nacional e, antes de tudo, do debate e da construção de um projeto junto aos que me acompanham em tantos anos de trabalho', avisou.

Ayache só foi candidato a senador em 2014 pelo PT e ficou em segundo lugar, com 23% dos votos válidos. Na ocasião, ele bateu políticos com mais experiência em eleições, como o ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (Progressistas), e com maior poder de comunicação, como o empresário Antônio João Hugo Rodrigues, na época ainda dono do Correio do Estado.

“O Partido Socialista Brasileiro de Mato Grosso do Sul (PSB), seguindo a orientação nacional, estabeleceu como estratégia eleitoral dialogar com todas as forças democráticas e progressistas que têm como compromisso o desenvolvimento sustentável do Estado, com geração de empregos, promoção dos direitos sociais, investimento em infraestrutura, inovação e tecnologia, fortalecimento das políticas públicas, prioritariamente, a saúde, educação, inclusão social e segurança pública', afirmou.

O PSB ainda negocia compor federação com o PT e apoiar a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros partidos podem integrar a aliança, como PCdoB e PV.

Marquinhos não só mantém a pré-candidatura a governador, como confirmou que entregará a carta de renúncia de prefeito no dia 2 de abril deste ano. Ele tem enfatizado que conta com apoio da população para deixar o cargo no meio do segundo mandato para disputar a sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB).