Saúde
Anvisa esta recebendo diversas evidências técnicas e cientificas sobre o cigarro eletrônico
BATANEWS/SAúDEMS / MARA RIVEIROS,
O uso do cigarro eletrônico está sendo estudado pela Anvisa que está recebendo diversas evidências técnicas e científicas sobre o produto. Na última semana teve início a Tomada Pública de Subsídios (TPS), momento em que a agência recebe contribuições da sociedade civil para o debate.
Vale lembrar que em 2009 os cigarros eletrônicos foram proibidos, porém uma série de “vapes” ou “pods”, como também são conhecidos, sempre existiram em estabelecimentos comerciais ou até mesmo na internet. E esse mercado só aumenta, tanto que esses produtos são comercizalizados até nas redes sociais, e agora, até mesmo com receitas sobre o preparo. As tais dicas alcaçam centenas de milhares de visualizações no Youtube. Os jovens, em sua maioria, compartilham sabores, exibem os aparelhos e fazempropaganda dos locais onde foram comprados.
Existem ainda tutoriais de como montar modelos caseiros a partir de objetos como maçarico e lâmpada.Para o líquido, não faltam também receitas com óleos, propileno glicol e outras substâncias químicas potencialmente danosas e utilizadas sem o devido cuidado.
Há pelo menos 12 anos, a Anvisa estabeleceu que a comercialização, a importação e a propaganda de qualquer Dispositivo Eletrônico para Fumar (DEF) é proibida. Ainda assim, os aparelhos chegam a ser utilizados por cerca de 3% da população adulta brasileira, a maioria proveniente do contrabando.
Um grupo técnico da Anvisa publicou um relatório parcial em que defende a manutenção da proibição em razão a todos os riscos à saúde e afirma que os fabricantes falharam em provar os riscos imediatos, a médio e longo prazo, específicos de cada um destes produtos à saúde.
Mesmo posicionamento é compartilhado por algumas autoridades ligadas à saúde, como da Fiocruz, que lançou na última semana um abaixo-assinado contra a autorização dos “vapes” no país. Inclusive, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) pediu medidas mais rigorosas para fiscalização e punição para quem não respeita a proibição.