Acusada de exercício ilegal, fisioterapeuta fazia procedimento estético

Segundo a Vigilância, procedimentos não são de competência da fisioterapia e mulher não apresentou registro

BATANEWS/CGNEWS


Clínica onde fisioterapeuta atendia fica no Jardim dos Estados. (Google Street View)

Uma fisioterapeuta, de 38 anos, foi encaminhada à delegacia nesta quarta-feira (10) após ser flagrada pela fiscalização da Vigilância Sanitária atuando sem o registro profissional e realizando procedimentos que não condizem com a profissão em uma clínica na Rua da Paz em Campo Grande.

O flagrante aconteceu por volta das 10h. A auditora fiscal da Vigilância realizava inspeção no estabelecimento após denúncia de que a profissional ministrava cursos de procedimentos privativos de ato médico, tendo como público alvo não médicos e ainda cooptava pacientes para aulas práticas.

À fiscalização, a acusada, disse que é fisioterapeuta e médica, porém não apresentou a carteira de habilitação que comprovasse as duas profissões.

Na ocasião, uma paciente a aguardava para fazer procedimento de preenchimento com ácido hialurônico. Diante do flagrante e como não havia outro profissional habilitado para fazer tal procedimento a paciente foi embora.

No local foram encontrados diversos produtos injetáveis, agulhas, seringas, fio de sutura e medicamentos injetáveis. Consta ainda na ocorrência, registrada pela autora fiscal, que a mulher por sua formação não poderia utilizar tais objetos e procedimentos. Ainda segundo outro fiscal, a fisioterapeuta não é habilitada para atuar em MS muito menos realizar os procedimentos pois não são de competência da profissão de fisioterapia.

A sala da clínica onde ela atendia foi interditada, assim como o armário com medicamentos.

Foi constatado ainda que a mulher divulgava nas redes sociais cursos e procedimentos estéticos, além de fotos e vídeos. Divulgou também a participação em uma exposição de beleza que teve no último fim de semana. Há vídeos divulgando curso de anatomia e anestesia em cadáveres.

Uma testemunha relatou que a profissional afirmava ter se formado no Paraguai. O caso foi registrado como exercício ilegal da medicina na Depac Centro.